Aeroporto de Feira consegue homologação para vôos noturnos e ampliará operações
Outro passo decisivo será a ampliação da pista e o aumento do índice de resistência do asfalto (PCN), que permitirá receber aeronaves maiores e operar cargas
O Aeroporto João Durval Carneiro está no centro de um plano de modernização que promete transformar Feira de Santana em um polo estratégico de conectividade aérea e logística. Em entrevista ao De Olho na Cidade, o empresário Antônio Valter, responsável pela concessão do terminal, detalhou os avanços em curso e destacou o impacto positivo que as mudanças devem trazer para a economia local.
Segundo ele, uma das mais importantes conquistas recentes foi a homologação das cartas geográficas para pouso noturno, etapa essencial para ampliar a operação do aeroporto. “Eu estou feliz agora com o desenvolvimento das coisas no aeroporto. A gente precisava de uma ampliação de pista e também da homologação dessas cartas, pra que um piloto viesse de noite e pudesse se guiar. Nós já temos essa carta geográfica homologada”, explicou.
Outro passo decisivo será a ampliação da pista e o aumento do índice de resistência do asfalto (PCN), que permitirá receber aeronaves maiores e operar cargas. “Hoje temos um PCN de 30 e, com a reforma, vai passar a 36. Com esse novo índice, grandes aviões, com 150 a 190 passageiros, poderão pousar aqui com segurança. Isso também possibilita o transporte de cargas, que é essencial para o desenvolvimento de qualquer aeroporto”, detalhou.
O transporte de cargas é visto como uma das apostas mais promissoras. Empresas já demonstram interesse em operar no terminal, fortalecendo o papel de Feira de Santana como um hub logístico no interior da Bahia. “Nós já estamos com algumas empresas interessadas. Tudo depende dessa alteração no asfalto”, reforçou Antônio Valter.
Além da pista, estão previstos investimentos como a instalação de uma oficina para manutenção de aeronaves, solução para uma demanda antiga do setor. “Hoje, na Bahia, se um avião tiver problema, é preciso trazer mecânicos de fora. Agora, vamos ter uma oficina aqui mesmo”, disse. Há ainda planos para ampliar os hangares, com a chegada de uma empresa construtora do estado de São Paulo que também atua com táxi aéreo.
Com essas melhorias, o aeroporto ganha força para atrair companhias aéreas comerciais e voos regulares, um objetivo declarado do projeto. “Com mais hangares e mais movimentação, esse é o caminho para que as empresas nos procurem para fazer voos regulares partindo de Feira de Santana”, afirmou.
Para Antônio Valter, o investimento no aeroporto será um divisor de águas para a cidade e toda a região. “Vamos ter uma Feira de Santana antes e uma depois do aeroporto. A cidade tem cerca de 700 mil habitantes e está no centro de uma região com cerca de 3 milhões de pessoas. Muita gente está colocando as mãos para o céu e desejando que isso aconteça da forma mais rápida possível”, completou.